A vida dá voltas e voltas
está no dito popular
e é do tempo das chibatas
a história que vou contar
breique:
Foi em Diamantina
onde nasceu JK
Havia uma escrava
bonita e versada
em cultura africana, brasileira e eslava
era uma pessoa humana, dessas que as coisas sacava
O Sem Ô, carrasco sabido,
mantinha nela atenção
e quando ela falava, na senzala, punha ouvido
com medo dela fazer revolução
Mandou ele então, fazer um apetrecho,
instrumento de tortura,
que calasse a nastácia boca, preso no queixo
exemplar pra escravatura
Assim manteve Anastácia
por longos anos a fio
e quando ela aparecia
gesticulando, dizia ele que era desvario
O tempo foi passando
a abolição se deu
e Anastácia, livre daquele semiescafandro
um dia em Copa conheceu
Chiquinha e Luiz Gonzaga,
Orson Welles e Nelson Motta
amizade, quando é boa
dá asas pra imaginação e abre portas
Cantou com a negra Daúde,
Com Moreno uma banda formou
depois foi pra Europa e Hollywood
encontrar uns parentes do avô
Lá foi reconhecida princesa
e nos estúdios cinematográficos
negrinha entre cinderelas
popularidade nos picos
Mas Anastácia se encheu
da vida de tanto glamour
e na ideia lhe deu
criar um produto our concours
Do apetrecho do carrasco
resolveu fazer gozação
criou um aparelho com um frasco
e essencia de creme de hortelã
Prático e opcional
a ser carregado na bolsa
o portador, na conversa informal
o colocava na boca
No aparelho, um microfone
e quando a pessoa movia o lábio
além de se fazer ouvir bem
exalava um hálito agradável
E essa história que começa com o dito popular
tipo, quem com ferro fere, vai um dia se ferrar
ou Cala boca já morreu, quem manda em mim nem nasceu
é comprida, é bonita, mas vou ter que encurtar
breique:
Resumindo, resumindo
vamos acabar sorrindo
a patente do produto foi vendida pra Kolynos
Anastácia,bem de vida se diverte
com os revezes da vida:
Quem o perverso perverte
converte o fim em saída
sábado, 2 de janeiro de 2010
Assinar:
Postagens (Atom)