Se pensas que Andy
andou apenas nas ruas
por onde suas pernas carregavam
sua calça
convém saber
que nada morre
e ele anda
ao seu lado
na rua, no automóvel
na nave que corre o espaço
carregando os dez mais da Forbes
Tchau Andy
E Guimarães?
Pelo sertão,
pelo certo da diplomacia,
no avião,
no casamento,
no quarto,
nos quartos de um cavalo?
Olha que pode estar aí agora
vendo diante dos seus olhos
uma vitrine
Sua nota é sua para você
procure isto e isto
vá adiante
Quanto ao seu compromisso,
os resultados de seu exercício,
a aprovação de resultados:
procure o ponto aberto.
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
PLETORA PLANETÁRIO
Na terra, a vida errante
Em marte, a arte
A arte da guerra
rima na terra
Os marcianos
sem oceano, rio
sem mar, sem mãe
Na terra, Netuno
Os terráqueos
veem Vênus
multiplicada
vespertina e no
crepúsculo da tarde
Vênus que arde, que brilha
Estrela do amor
Na terra, planta planeta
que nasce ao Sol
Tempo soturno
devora os frutos da terra
à base de uranio
e,suporte,
lá se vão os anéis
ficando dedos
mais uteis e necessários
que luas exageradamente dispostas
ao redor de alguma redondeza sem vida
Há muito a descrever
e por descobrir,
desdobrar,
transcender,
inventar,
escavar,
exprimir,
prosa!
Em marte, a arte
A arte da guerra
rima na terra
Os marcianos
sem oceano, rio
sem mar, sem mãe
Na terra, Netuno
Os terráqueos
veem Vênus
multiplicada
vespertina e no
crepúsculo da tarde
Vênus que arde, que brilha
Estrela do amor
Na terra, planta planeta
que nasce ao Sol
Tempo soturno
devora os frutos da terra
à base de uranio
e,suporte,
lá se vão os anéis
ficando dedos
mais uteis e necessários
que luas exageradamente dispostas
ao redor de alguma redondeza sem vida
Há muito a descrever
e por descobrir,
desdobrar,
transcender,
inventar,
escavar,
exprimir,
prosa!
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
In Questão
7 setembro latino
desfile de brigadas
povo assiste a isso
sob forte pressão solar
independência ou morte
o tanque avança
o toque de recolher
as bandeirinhas se agitam
venceu o campeonato
o adversário sucumbe
na praça da paz celestial
desfile de brigadas
povo assiste a isso
sob forte pressão solar
independência ou morte
o tanque avança
o toque de recolher
as bandeirinhas se agitam
venceu o campeonato
o adversário sucumbe
na praça da paz celestial
sexta-feira, 21 de maio de 2010
NOME
O homem agiu sem dúvida. Nascida a primeira filha, sem consultar a mulher, partiu para o cartório já com o pensamento obstinado a inaugurar um nome que, faltando alcance geral para torná-lo algo como uma linhagem, seria ao menos causa de admiração pela beleza e ineditismo. Assinatura. Nasceu Assinatura apesar dos esforços escrivãos em dissuadir o pai. Uma ameaça calou mais que mil palavras e imprimiu a certidão com um sêlo, muito a contragosto.
Já a mulher se acostumara ao jeito do marido. na segunda gravidez acompanhava aquele remoejo de boca à elaboração do nome do filho ou filha, cujo segredo o pai impunha, ao calar com um simples olhar as investidas da mulher em torno do desejo de um nome. Ela, a mãe, não tinha direito ao nome já que tinha ao feto; calava-se.
A mesma história se repete. Do hospital, assim que vê a criança, examina-lhe a saúde, a normalidade, o sexo e dirige-se ao cartório. Dessa vez batizou Rubrica. O mesmo escrivão flexibilizou-se perante à logica das escolhas; balbuciou uns prós e contras, mas a repelência das lembranças deu causa ganha ao registrante.
E assim, ali estavam as duas certidões. Assinatura e Rubrica, como irmãs na carne, unidas pelo sobrenome comum, exercendo um forte laço e significado entre ambas. Mais que isso, faziam às vezes a representação uma da outra, papel este mais recorrente à Rubrica.
A terceira gravidez não foi adiante. A criança, um menino. Para frustração do pai, que não pode repassar seu legado. Que aliás, poderia não ser para o filho algo a que pudesse assumir. Afinal, quem seria ele de fato sendo Pseudônimo?
Já a mulher se acostumara ao jeito do marido. na segunda gravidez acompanhava aquele remoejo de boca à elaboração do nome do filho ou filha, cujo segredo o pai impunha, ao calar com um simples olhar as investidas da mulher em torno do desejo de um nome. Ela, a mãe, não tinha direito ao nome já que tinha ao feto; calava-se.
A mesma história se repete. Do hospital, assim que vê a criança, examina-lhe a saúde, a normalidade, o sexo e dirige-se ao cartório. Dessa vez batizou Rubrica. O mesmo escrivão flexibilizou-se perante à logica das escolhas; balbuciou uns prós e contras, mas a repelência das lembranças deu causa ganha ao registrante.
E assim, ali estavam as duas certidões. Assinatura e Rubrica, como irmãs na carne, unidas pelo sobrenome comum, exercendo um forte laço e significado entre ambas. Mais que isso, faziam às vezes a representação uma da outra, papel este mais recorrente à Rubrica.
A terceira gravidez não foi adiante. A criança, um menino. Para frustração do pai, que não pode repassar seu legado. Que aliás, poderia não ser para o filho algo a que pudesse assumir. Afinal, quem seria ele de fato sendo Pseudônimo?
sábado, 3 de abril de 2010
FEITO BORBOLETA
Quando uma haste de capim
é quebrada
uma ameba é coagida
a encolher-se sob a ponta
de um alfinete
enquanto o inseto é apanhado
por uma rede
o cão é picado e recebe a vacina
a mão da criança formiga
sob a coxa
o tendão de Aquiles repuxa
um corpo cai
ao disparo fulminante
do enfarto
é quebrada
uma ameba é coagida
a encolher-se sob a ponta
de um alfinete
enquanto o inseto é apanhado
por uma rede
o cão é picado e recebe a vacina
a mão da criança formiga
sob a coxa
o tendão de Aquiles repuxa
um corpo cai
ao disparo fulminante
do enfarto
AR PURO
Para onde foi o vento
nesse verão pachorrento
Sentado em cadeira de vime
abana o leque um vadio,
o vento está muito ocupado
do outro lado do mundo
como um carteiro sobrecarregado
leva mensagens importantes
para o rei de Vai Quem Quer
além, mais
além tédio
Se o vento vem traz alento
pelo leque no abano
O vento está viajando
está bem longe daqui.
nesse verão pachorrento
Sentado em cadeira de vime
abana o leque um vadio,
o vento está muito ocupado
do outro lado do mundo
como um carteiro sobrecarregado
leva mensagens importantes
para o rei de Vai Quem Quer
além, mais
além tédio
Se o vento vem traz alento
pelo leque no abano
O vento está viajando
está bem longe daqui.
sábado, 2 de janeiro de 2010
ANASTÁCIA DO ESTÁCIO
A vida dá voltas e voltas
está no dito popular
e é do tempo das chibatas
a história que vou contar
breique:
Foi em Diamantina
onde nasceu JK
Havia uma escrava
bonita e versada
em cultura africana, brasileira e eslava
era uma pessoa humana, dessas que as coisas sacava
O Sem Ô, carrasco sabido,
mantinha nela atenção
e quando ela falava, na senzala, punha ouvido
com medo dela fazer revolução
Mandou ele então, fazer um apetrecho,
instrumento de tortura,
que calasse a nastácia boca, preso no queixo
exemplar pra escravatura
Assim manteve Anastácia
por longos anos a fio
e quando ela aparecia
gesticulando, dizia ele que era desvario
O tempo foi passando
a abolição se deu
e Anastácia, livre daquele semiescafandro
um dia em Copa conheceu
Chiquinha e Luiz Gonzaga,
Orson Welles e Nelson Motta
amizade, quando é boa
dá asas pra imaginação e abre portas
Cantou com a negra Daúde,
Com Moreno uma banda formou
depois foi pra Europa e Hollywood
encontrar uns parentes do avô
Lá foi reconhecida princesa
e nos estúdios cinematográficos
negrinha entre cinderelas
popularidade nos picos
Mas Anastácia se encheu
da vida de tanto glamour
e na ideia lhe deu
criar um produto our concours
Do apetrecho do carrasco
resolveu fazer gozação
criou um aparelho com um frasco
e essencia de creme de hortelã
Prático e opcional
a ser carregado na bolsa
o portador, na conversa informal
o colocava na boca
No aparelho, um microfone
e quando a pessoa movia o lábio
além de se fazer ouvir bem
exalava um hálito agradável
E essa história que começa com o dito popular
tipo, quem com ferro fere, vai um dia se ferrar
ou Cala boca já morreu, quem manda em mim nem nasceu
é comprida, é bonita, mas vou ter que encurtar
breique:
Resumindo, resumindo
vamos acabar sorrindo
a patente do produto foi vendida pra Kolynos
Anastácia,bem de vida se diverte
com os revezes da vida:
Quem o perverso perverte
converte o fim em saída
está no dito popular
e é do tempo das chibatas
a história que vou contar
breique:
Foi em Diamantina
onde nasceu JK
Havia uma escrava
bonita e versada
em cultura africana, brasileira e eslava
era uma pessoa humana, dessas que as coisas sacava
O Sem Ô, carrasco sabido,
mantinha nela atenção
e quando ela falava, na senzala, punha ouvido
com medo dela fazer revolução
Mandou ele então, fazer um apetrecho,
instrumento de tortura,
que calasse a nastácia boca, preso no queixo
exemplar pra escravatura
Assim manteve Anastácia
por longos anos a fio
e quando ela aparecia
gesticulando, dizia ele que era desvario
O tempo foi passando
a abolição se deu
e Anastácia, livre daquele semiescafandro
um dia em Copa conheceu
Chiquinha e Luiz Gonzaga,
Orson Welles e Nelson Motta
amizade, quando é boa
dá asas pra imaginação e abre portas
Cantou com a negra Daúde,
Com Moreno uma banda formou
depois foi pra Europa e Hollywood
encontrar uns parentes do avô
Lá foi reconhecida princesa
e nos estúdios cinematográficos
negrinha entre cinderelas
popularidade nos picos
Mas Anastácia se encheu
da vida de tanto glamour
e na ideia lhe deu
criar um produto our concours
Do apetrecho do carrasco
resolveu fazer gozação
criou um aparelho com um frasco
e essencia de creme de hortelã
Prático e opcional
a ser carregado na bolsa
o portador, na conversa informal
o colocava na boca
No aparelho, um microfone
e quando a pessoa movia o lábio
além de se fazer ouvir bem
exalava um hálito agradável
E essa história que começa com o dito popular
tipo, quem com ferro fere, vai um dia se ferrar
ou Cala boca já morreu, quem manda em mim nem nasceu
é comprida, é bonita, mas vou ter que encurtar
breique:
Resumindo, resumindo
vamos acabar sorrindo
a patente do produto foi vendida pra Kolynos
Anastácia,bem de vida se diverte
com os revezes da vida:
Quem o perverso perverte
converte o fim em saída
Assinar:
Postagens (Atom)